Com todo respeito a quem pensa diferente, mas o São Bento ganhar 5 pontos de 18 disputados em casa e ser desclassificado com uma rodada de antecipação é uma campanha MEDÍOCRE. Estamos entre os 40 melhores clubes do país: somos da série B do Campeonato Brasileiro e disputamos o Campeonato Paulista, o estadual mais valorizado do Brasil, pelo 4.º ano consecutivo. Parabéns à diretoria e comissão técnica, responsáveis por fazer clube pensar pequeno, vender falsas esperanças à torcida e não ter sequer a humildade de ouvir opiniões contrárias, desqualificando erros apontados por torcedores e jornalistas desde a segunda rodada: o time colheu o que plantou! Sou torcedor há mais de 25 anos, frequentei muito estádio com cerca de 300 pessoas, sei que estávamos endividados à beira da falência e na A-3 em 2012. Felizmente, este é um passado que nunca mais deve voltar.
Entretanto, muitos torcedores e dirigentes parecem ter parado a mentalidade ainda neste tempo: a mentalidade de entrar numa competição para não ser rebaixado também deve ser enterrada no passado!
Mais uma vez, o mesmo esquema tático, os mesmos erros de passe, a mesma falta de criatividade, o mesmo medo em chutar em gol, as mesmas substituições, a mesma falta de preparo físico, as mesmas lesões musculares, o mesmo placar. Contra o Red Bull, em Campinas, o São Bento saiu de campo com mais um 0x0 na conta, complicando a classificação que parecia fácil. São 337 minutos sem marcar gol. Acompanhei a partida pelo rádio e não gostei das únicas novidades que percebi: a postura da diretoria, comissão técnica e jogadores em dificultar o trabalho da imprensa e discutir com torcedores que criticam a equipe. Como se aqueles estão trabalhando ou os que pagam ingresso, vão ao estádio, viajam e dedicam muitos momentos de suas vidas ao time fossem culpados pelos tropeços da equipe...
O fôlego não é o mesmo de 2012, mas Emerson Sheik pode ser muito útil quando usado com sabedoria (Foto: Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians)
O Corinthians estreou na Libertadores com a clara intenção de não perder. E conseguiu: 0x0 contra o Milionários, na Colômbia. Com praticamente a mesma escalação que derrotou o Palmeiras pelo Paulistão no sábado (com exceção da estreia de Matheus Vital em substituição ao suspenso Rodriguinho), o time jogou o primeiro tempo praticamente todo na defesa, permitindo chances reais de gol ao dono da casa.
Mais do que minha torcida, a vitória do Corinthians por 2x0 sobre o Palmeiras e a derrota do São Bento para o São Caetano por 1x0 me chamaram atenção para mais aspectos em comum: a importância de perceber os próprios erros e agir para corrigir rumos. Entretanto, infelizmente, os dois times seguiram caminham opostos. Enquanto Fábio Carille sacou atletas que vinham mal e alterou a formação tática do Timão, Paulo Roberto Santos manteve o Bentão inalterado, resultando em mais pontos perdidos contra um adversário inferior tecnicamente (que atuou com 10 atletas em quase toda partida). O Corinthians surpreendeu a todos em 2017, quando superou as limitações do elenco e faturou os títulos Paulista e Brasileiro. Porém, em 2018, a equipe sentiu as saídas do lateral-esquerdo Guilherme Arana e do centroavante Jô. As reposições com os limitados Juninho Capixaba e Júnior Dutra; a necessidade da maior escalação do carismático (e fraquíssimo tecnicamente) Kazim; a inexplicável inutilização de revelações da base (como Carlinhos e Pedrinho) e a contração de garotos da mesma idade de outros clubes (casos dos Matheus Vital e Mathias, que não estrearam ainda); a perda de bons reservas (por exemplo, Marciel, que sempre rendeu como volante e lateral-esquerdo); e o muito dinheiro investido no comum Henrique (quando Pedro Henrique e Léo Santos vinham dando conta da zaga) levaram a uma perda de rendimento do grupo como um todo.
Contra o Palmeiras, que conta com um investimento muito superior ao do Timão e que estava invicto até então (com o bom desempenho novamente inflado além do normal por torcedores e setores da imprensa), Carille teve a consciência de que era preciso modificar aquilo que não estava dando certo. Trocou o 4-1-4-1, tradicionalmente usado desde 2015 (último ano da era Tite), por um 4-4-2 à moda antiga: Gabriel e Renê Jr. na cabeça de área; Rodriguinho e Jadson como meias convencionais; e os velozes Clayson e Romero no ataque, sem um camisa 9 raiz; além de deslocar o volante Maycon, muito competente pela lateral-esquerda. O 2x0 no placar fez justiça à superioridade alvinegra, simbolizada pelo gol de Rodriguinho, resultante de uma troca de passes sem perder a posse de bola por 1’30”, com direito a dois adversários no chão.
Nos áureos tempos de Ademir Da Guia e Rivellino, o Derby era do povo
- Corinthians x Palmeiras: clássico de maior rivalidade e torcidas do Estado de SP, em seu 101.º ano, será disputado às 17h de um sábado. Para assistir, não basta TV por assinatura: pague a mais por um Premiere; - São Caetano x São Bento: o Azulão do ABC, cuja torcida é pequena e luta contra o rebaixamento, recebe o Azulão sorocabano também hoje, sábado, às 21h30. Previsão de um público pífio no estádio e transmissão exclusiva também pelo Premiere; Péssimo para o torcedor, com certeza. E para os clubes? Com certeza, também, principalmente, do ponto de vista financeiro. Mas todos pegam a verba da TV, aceitam a tabela e o regulamento do jeito que está e reclamam depois...
Por conta de um erro de um veículo de comunicação de uma cidade da região (que errou a data por apenas 30 dias...), descobri que Serial Funkers e Ed Motta estarão em Sorocaba em 23/3/2018, às 20h.
O show é gratuito e os ingressos já podem ser reservados pelo site do Sesi. Acompanho o Serial Funkers desde o programa Super Star e assisti no Sesc ano passado: ao vivo, os caras são ainda mais feras!
Para quem curte soul, funk, R&B, disco, samba, Tim Maia, James Brown, Jorge Benjor, Michael Jackson e muito balanço, groove e suingue, é imperdível!