domingo, 21 de agosto de 2011

O bom e velho Rock 'n Roll...

Foto: Paulo Ochandio
Assisti na semana passada a mais um show do Nasi, há quase 2 anos da última vez que ele esteve em Sorocaba. Até já comentei aqui sobre um dia em que nos encontramos, dentro da USP, mas foi muito estar de novo em um show e sair com a mesma sensação: o bom e velho Rock'n Roll nunca irá morrer! 

O repertório do show é essencialmente o do DVD "Vivo Na Cena", que tenho em formato MP3 a mais de um ano (até fui um dos poucos na platéia a conhecer todas as músicas apresentadas, nem que fosse só de cantarolar...). Aliás, as músicas do DVD estão integralmente disponíveis no Youtube.

Ai, seguiu-se uma noite repleta de sucessos do IRA!, Raul Seixas, Cazuza, The Clash, Zé Rodrix, João Bosco, Aldir Blanc, e bandas "alternativas" (sejam do cenário punk paulistano de 1980 ou do manguebeat nordestino da década seguinte).

E sou obrigado a concordar integralmente com o release disponível no site do artista: 

"Em seu DVD “Vivo na Cena” Nasi dá uma verdadeira aula de rock and roll e suas vertentes.É mais do que um simples DVD gravado ao vivo no estúdio, é um workshop musical, deveria ser instituído como matéria obrigatória nas escolas de música. Essas crianças de hoje deslumbradas com o pop “coxinha” (como ele mesmo descreve no DVD) deveriam todos assistirem esse DVD, pra pelo menos terem uma noção de como se faz rock and roll."

Foto: Paulo Ochandio

E foi esse o espírito dominante durante toda a noite! Com seu conhecido mais do que ácido, nosso Wolverine mostrou suas garras e detonou o que hoje em dia ousam chamar de rock! Sem citar um único nome, mas todo mundo entendeu muito bem para quem era o recado, e vibrava a cada estocada desferida por ele: de que "não há mal que para sempre dure"; a quantidade de "pocaria" que viu em 30 anos de estrada; Amy Winehouse indo embora enquanto "essas Paris Hilton, este monte de Patricinha metida a cantora..."

E para quem pensa que rock 'n roll é onde todos vivem num mundo cor-de-rosa, felizes, com suas calças coloridas, vocabulário imbecilizante e que ídolos têm traços femininos, óculos de plásticos e cabelos com formatos estranho, confesso: os vários goles de uísque que Nasi e os músicos compartilharam e, mesmo não sendo fumante, ver ele acendendo uns quatro cigarros durante o show - a ponto de se sentar no palco com um cigarro na boca e apenas conduzir o coral da platéia em uma música - foi um regozijo para a alma...

E o que mais me emocionou: o fato do show ter sido em um parque aberto, em comemoração ao aniversário da cidade, levou muitas famílias. Ver várias crianças com idades entre 4 e 10 anos de mãos dadas ou em cima dos ombros dos pais, que cantavam e pulavam a cada acorde me deixaram ainda mais feliz, com a mesma certeza do experiente roqueiro: não há mal que dure para sempre!







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